A cerimônia de encerramento da 17ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e do 14º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting aconteceu na noite de domingo, 1º de outubro, no Cine Theatro Brasil Vallourec, com o anúncio dos projetos vencedores do maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro e de longas-metragens da Mostra Território premiados por dois júris, na primeira vez de uma mostra competitiva no evento.

O longa-metragem “Guapo’Y”, coprodução entre Paraguai, Argentina e Qatar com direção de Sofía Paoli Thorne, foi escolhido o melhor filme da Mostra Território tanto pelo júri oficial quanto pelo júri da crítica. No primeiro caso, o grupo composto por Sara Silveira (produtora), Mariana Queen Nwabasili (pesquisadora e curadora), Roberto Cotta (crítico e professor), André Novais Oliveira (cineasta) e Carla Italiano (pesquisadora e professora) justificou a escolha apontando o fato de que “a rememoração é uma forma de ressignificar o passado e garantir a existência de futuros possíveis” e exaltou “os elementos articulados com maestria pela diretora desse longa, que soube dosar com precisão o gesto que se aproxima para melhor escutar e o que respeita as violências sofridas na pele das personagens ao saber lhes dar a distância necessária”.

Pelo prêmio do júri oficial, “Guapo’y” ganhou o Troféu Horizonte e um prêmio de R$ 10 mil oferecido numa parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Cultura e BH Film Comission.

O júri oficial escolheu ainda a “melhor presença”, prêmio dado à atriz Gisela Yupa por sua performance em “Diógenes”, filme peruano de Leonardo Barbuy, por identificar no trabalho dela “possibilidades e potências renovadoras para a firmação de indígenas atrizes e atores em diferentes propostas cinematográficas contemporâneas que dialogam com perspectivas decoloniais”. Outro prêmio foi o destaque do júri para “a força coletiva do povo de Tumaco como uma espécie de personagem complexo e indomável” no filme colombiano “Puentes en el Mar”, de Patricia Ayala Ruiz.

Pelo júri da crítica, formado por Luiz Zanin Oricchio, Pedro Henrique Ferreira e Mariana Mól, a escolha de “Guapo’Y” se deveu à “delicadeza como o filme expõe fatos tão atrozes e seu gesto que descortina, aos poucos, as memórias apagadas e as duras experiências de uma das mais longas ditaduras da América Latina”.

BRASIL CINEMUNDI

O projeto na categoria Em Desenvolvimento vencedor do prêmio dado pelo Júri Oficial, formado pelos produtores Jamie Weiss (Espanha), Julia Alves (Brasil) e Leonardo Ordoñez (Espanha), foi “Paisagem de Inverno” (MG), com direção de Marco Antônio Pereira e produção dele mesmo junto com Marcelo Lin e Rodrigo Meireles, da empresa produtora Abdução Filmes. O projeto levou o Troféu Horizonte e ganhou prêmios dos parceiros da 17ª CineBH e do 14º Brasil CineMundi: DOT (R$ 15.000 em serviços de finalização), MISTIKA (R$ 15.000 em serviços de pós-produção), Parati Films (800 euros em tradução de roteiros para longa-metragem – português para francês) e Naymovie (R$ 15.000 em serviços de locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria).
O júri justificou a escolha por “Paisagem de Inverno” por “abordar uma realidade local que comunica globalmente, olhando para um Brasil que não é visto, por imaginar futuro e existência a uma comunidade em meio às ameaças da exploração de recursos naturais e pela capacidade do diretor de colocar em prática seu método, aflorando a força do seu olhar”.

COOPERAÇÃO E INTERCÂMBIO

O projeto “Infantaria” (AL), com direção de Laís Santos Araújo e produção de Pedro Krull, da Aguda Cinema, ganhou o Prêmio MAAF (vaga para produtor no Málaga Festival Fund & Co-production Event, na Espanha, em 2024), justificado por apresentar “paisagens pouco vistas no cinema brasileiro, criando um filme que mistura o arco narrativo de seus protagonistas a elementos de realismo mágico baseado no cotidiano do nordeste do país”.
O Prêmio World Cinema Fund (Alemanha) foi para “A Mala da Noite”, direção de Janaina Wagner e produção de Mariana Mól e Luana Melgaço (produtora Anavilhana), por “prever um trabalho de design de público muito multifacetado e com infinitas possibilidades”. O mesmo projeto levou também o Prêmio RIDM – Doc Lab Montreal (logística para participar do RIDM – Festival Internacional de Documentário de Montreal) por sua “proposta de criação coletiva e catártica, na qual são reveladas as contradições entre uma paisagem idílica e a violência que a cerca”.
Já o Prêmio Torino Film Lab (vaga para produtor no TFL Meeting Event, na Itália, em 2022) foi para o projeto “Orquestra”, direção de Urânia Munzanzu e produção de Flávia Santana (Acarajé Filmes), justificado por “notáveis ​​habilidades criativas, motivação inabalável e energia única e ilimitada” das realizadoras. Também o Prêmio Nuevas Miradas (Cuba) foi para “Orquestra”, por sua proposta de “quebrar estereótipos com emoção, reflexões e uma narrativa poderosa que desafia as normas estabelecidas”.
“Sal da Noite” (DF), de Vinicius Fernandes e Leonardo Hecht, com produção de Hecht, venceu o Prêmio Encuentros BioBioCine (Chile) por “recuperar a identidade de uma cidade, mudar o rumo e voltar aonde nasceu”. “Turma 101”, direção de Wagner Novais e produção de Sabrina Garcia, Leo Ribeiro Roberto Berliner, levou o Prêmio DocSP (vaga para produtor de documentário da categoria Em Desenvolvimento nas rodadas de negócios na próxima edição do DocSP); e “Cartoleiras”, direção de Juliana Antunes e produção de Laura Godoy, ficou com o DocMontevideo (consultoria).
O Conecta (vaga para produtor de documentário da categoria Em Desenvolvimento no Conecta – International Documentary Industry Meeting, no Chile) foi para “Boy”, direção de Michel Carvalho e produção de Fernando Sapelli. O prêmio CTAV/Edna Fuji para projeto de documentário seguiu para “Depois da Aula”, direção de Pedro Nishi e produção de João Pedro Bim e Lucas Silva Campos, enquanto na categoria Foco Minas o escolhido foi “Zoografias”, direção de Pedro Carvalho e produção de Luna Gomides.
Na categoria WIP – Work in Progress, “O Silêncio das Ostras”, de Marcos Pimentel e produção de Luana Melgaço, levou o prêmio O2 Pós para seção Montagem. Na mesma seção Montagem, o prêmio Mistika (R$ 15.000 em pós-produção) ficou com “Negror em Paisagens”, de Joyce Prado e Sidney Santiago Kuanza, com produção de Joyce Prado. O prêmio Islote Post (Chile), seção Mercado, escolheu “Espelho Cigano”, de João Borges e produção de Carolina Gontijo, enquanto o O2 Pós Mercado foi para “Kasa Branca”, direção de Luciano Vidigal e produção de Bárbara Defanti, Roberto Berliner, Sabrina Garcia e Cavi Borges.

LISTA DE PRÊMIOS

Mostra Território:

Melhor Filme: “Guapo’Y” (Argentina, Paraguai e Qatar) dirigido por Sofía Paoli Thorne.

Melhor presença: Gisela Yupa por “Diógenes” (Peru).

Destaque do Júri: “Puentes en el Mar” (Colômbia) de Patricia Ayala Ruiz.

Mostra Território (Júri da Crítica Abraccine:
“Guapo’Y” (Paraguai) dirigido por Sofía Paoli Thorne.

Brasil CineMundi:

Projeto em Desenvolvimento Vencedor: “Paisagem de Inverno” (MG) dirigido por Marco Antônio Pereira.
Prêmios dos Parceiros: DOT, MISTIKA, Parati Films, Naymovie.

Prêmio MAAF: “Infantaria” (AL) dirigido por Laís Santos Araújo.

Prêmio World Cinema Fund (Alemanha): “A Mala da Noite” dirigido por Janaina Wagner.

Prêmio RIDM – Doc Lab Montreal: “A Mala da Noite” dirigido por Janaina Wagner.

Prêmio Torino Film Lab: “Orquestra” dirigido por Urânia Munzanzu.

Prêmio Nuevas Miradas (Cuba): “Orquestra” dirigido por Urânia Munzanzu.

Prêmio Encuentros BioBioCine (Chile): “Sal da Noite” (DF) de Vinicius Fernandes e Leonardo Hecht.

Prêmio DocSP: “Turma 101” dirigido por Wagner Novais.

Prêmio DocMontevideo: “Cartoleiras” dirigido por Juliana Antunes.

Prêmio Conecta (Chile): “Boy” dirigido por Michel Carvalho.

Prêmio CTAV/Edna Fuji: “Depois da Aula” dirigido por Pedro Nishi.

Prêmio Foco Minas: “Zoografias” dirigido por Pedro Carvalho.

WIP – Work in Progress:

Prêmio O2 Pós (Montagem): “O Silêncio das Ostras” dirigido por Marcos Pimentel

Prêmio Mistika (Pós-produção): “Negror em Paisagens” dirigido por Joyce Prado e Sidney Santiago Kuanza.

Prêmio Islote Post (Chile, seção Mercado): “Espelho Cigano” dirigido por João Borges.

Prêmio O2 Pós Mercado: “Kasa Branca” dirigido por Luciano Vidigal.


SOBRE A 17ª CINEBH – MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE BELO HORIZONTE

O CINEMA BRASILEIRO EM CONEXÃO COM O MERCADO INTERNACIONAL E A CAPITAL MINEIRA

A CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte, o evento de cinema da capital mineira, chega a sua 17ª edição entre os dias 26 de setembro e 1º de outubro de 2023. O evento promove a conexão entre o cinema brasileiro e o mercado internacional e se apresenta como instrumento de formação, reflexão, exibição e difusão do audiovisual em diálogo com outros países.

A CineBH prevê em sua programação a oferta de atividades oferecidas gratuitamente ao público: exibições de filmes nacionais e internacionais, pré-estreias e mostras retrospectivas, programa de formação com a oferta de oficinas, workshops, laboratórios, masterclasses, debates e painéis, promoção do fomento ao empreendedorismo, dissemina a informação, produz e difunde conhecimento, cria oportunidades de rede contatos e negócios, reúne a cadeia produtiva do audiovisual numa programação abrangente e gratuita.


A 17ª CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e o 14º Brasil CineMundi integram o Cinema sem Fronteiras 2023 – programa internacional de audiovisual idealizado pela Universo Produção e que reúne também a Mostra de Cinema de Tiradentes (centrada na produção contemporânea, em janeiro) e a CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto (que difunde o audiovisual como patrimônio e ferramenta de educação, em junho).

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17ª CINEBH – MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE BELO HORIZONTE

26 de setembro a 1º de outubro de 2023

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA

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